sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Em directo de São Bento

«A tolerância também é preconceituosa», diz um autoproclamado jovem do PP na Assembleia. O BE faz escola, não surpreende onde.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Coração Inteligente


Un coeur intelligent



« Le roi Salomon suppliait l'Éternel de lui accorder un coeur intelligent.

 Au sortir d'un siècle ravagé par les méfaits conjoints de la bureaucratie, c'est-à-dire d'une intelligence purement fonctionnelle, et de l'idéologie, c'est-à-dire d'une sentimentalité binaire et souverainement indifférente à la singularité des destins individuels, cette prière pour être doué de perspicacité affective a gardé toute sa valeur.” (4.ème couverture du livre Un coeur intelligent. Lectures, d’ Alain Finkielkraut. Encomendei.

Qu'en pensez vous?

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Rui Polónio Sampaio

Não consegui dizer nada sobre a morte inesperada de Rui Polónio Sampaio. É nesses momentos que a pretensa inspiração tem de ceder à meditação e à comoção. Vejo agora que na net se citou já o ático e profundo artigo de Manuel António Pina, e permito-me fazê-lo agora, registando a admiração que nutro também pelo autor:

"RUI POLÓNIO SAMPAIO

Noutro tempo e noutro lugar que não os nossos, a morte de Rui Polónio Sampaio não passaria despercebida pois o desaparecimento de homens com a sua estatura moral deixa o país (o pais que sabe o que isso significa)se possível ainda mais pobre e mais doente. A informação chegou-me por Germano Silva que deu, por acaso, com um pequeno anúncio necrológico num jornal e me telefonou dizendo: “A sua morte não foi notícia porque ele era um mau exemplo, o exemplo de um homem íntegro”. Se os cabalistas têm razão e o peso moral do Mundo assenta sobre os ombros de alguns justos existindo no meio de nós sem que os reconheçamos e sem que eles próprios saibam de si, Rui Polónio Sampaio foi provavelmente um deles. Na Net, habitualmente tão prolífica, a sua existência resume-se a duas ou três entradas acerca da sua passagem pela UEDS (União da Esquerda para a Democracia Socialista) em finais dos anos 70 e à notícia de que traduziu uma peça de Molière. Pelos vistos, cumpriu discretamente a sua missão, tocando de forma indelével todos aqueles que, como eu, de si se aproximaram, e partiu como chegou: inteiro."