quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Questão de zeros à direita

Neste país, quando uns estão no poder os erros são humanos. Quando estão outros, os erros passam a ser selvagens. Assim somos todos humanos e selvagens. Ou estarei errado?

Vem isto a propósito de cidadãos que se contactaram pela net, fizeram t-shirts e foram para a porta do Parlamento protestar contra o actual estado da Coisa Pública. Apesar de 9000 assinaturas só 90 apareceram.
Poucos dias depois milhares desfilaram a favor da família e do casamento, leia-se contra o reconhecimento da união entre duas pessoas que se amam independentemente dos sexos.

Não desfasendo da nobreza do mote de ambas as manisfestações, os zeros à direita dos números mostram a disparidade de empenhamento em causas tão diferentes. Afinal, não há falta de empenhamento das pessoas. Elas saem à rua. Mas ainda precisam de pastores. É pena. Pode-se sair das duas maneiras. Com ou sem pastor. É o bem de se viver em liberdade.

Parece existir uma confusão no comportamento dos actores em palco. Direitos, Liberdades e Garantias não são privilégios que distiguem, entre si, diferentes cidadãos do mesmo país. E é na acção separada dos três poderes, Legislativo, Executivo e Judicial, que se pode evitar muitos dos males como os que hoje enfrentamos. Enquanto não se inventar melhor.

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Avaliação docente.


Anda aí a azáfama das avaliações "do desempenho" dos docentes. Alguém já pensou em formalizar um princípio fundamental que seria mais ou menos assim:

Dada a lei do rendimento intelectual decrescente, devem penalizar-se severamente os docentes e investigadores que pretenderem (ou afectarem) trabalhar demasiado, e mais ainda os que o façam efectivamente....

Paul Lafargue, Paul Lafargue!!!

(na imagem, citada da Internet)

Nem mais

Nem menos...