domingo, 19 de julho de 2009

Breve intrudução...



Venho participar deste espaço de idéias na esperança de que meu pensar possa contribuir de alguma forma para o leitor. Mas a bem da verdade, escrever é um ato solitário, cujo objetivo não é outro senão o expressar daquilo que sente o escritor. Interessante porém, notar, que a figura do leitor é necessária, sem o qual, nada do que está escrito fará qualquer sentido. Mesmo nas nossas frases soltas, a alteridade é permanente. Somos aquilo que conseguimos expressar, ou o resultado do que se o expectador consegue compreender? Como diz Warat, só existimos a partir da percepção do outro e nos reconhecemos neste diálogo. Começo pois, a dialogar, e nesse monólogo, exponho a jóia mais preciosa que posso possuir, meus desejos secretos, a imagem dos meus dragões interiores... que venham meus interlocutores.
Começo, exercitando minha veia poética...



Interroga ação...

E, se eu não desejar ficar?
Se tudo que busco, for o incerto?
E se o meu querer for
possibilidade da troca incessante...
fluxo da vida
correr, ter asas, voar...
Se não suportar a dor de andar
a passo vagaroso,
necessário
ao te acompanhar...
Se da vida,
o que procuro
é existir...
E se não buscar ser permanente,
sólida, presente...
mas eterna, como lembrança?
Se desejar a constante
dúvida diante da certeza
posta, morta, imutável... incerta.
Que será?
se o que quero não me permitir ficar...
se teu pranto não me deixar partir?
Serei menos eu, aqui,
pedra, esteio, caminho...
ou só, serei eu..
a voar
pluma... plena
no céu, estrela...
passarinho.

(Andréa Wollmann - 28/06/09)

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Ribakov e, a seguir, Agualusa

Acabo de ler “O Medo” (de Ribakov), logo a seguir à leitura de “Estação das Chuvas” (de Agualusa): um estranho e invisível fio se esconde, a jungir os dois romances (ambos, diga-se a talhe de foice, com elevado potencial cinematogáfico)… Obras marcantes! Impressivas! Deliciosas!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A primeira pedra

Após gentil convite do nosso amigo PFC, é com gosto que damos início a uma participação na senda das heterodoxias Lusófonas. No caso, pensando através da escrita em português. Após esta introdução, explicando o que nos trouxe a este espaço, lançamos a primeira pedra de pensamento.

Desde dia 11 e até dia 19 deste mês, desenrolam-se no distrito de Lisboa os 2º Jogos da Lusofonia, considerado o maior evento da língua portuguesa (tirando a ida de Ronaldo para Madrid), pelo nº de participantes e pelo nº de espectadores (até o Sri Lanka participa), e o segundo maior evento desportivo de uma só língua no mundo, após o inglês, segundo os critérios do Comité Olímpico Internacional. Ao mesmo tempo, vão ter lugar vários eventos culturais. Tudo isto sem o ambiente de festa oficial, que é devida, e sem um reconhecimento pelo facto, lutando a organização com séria falta de verbas. No entanto não faltou dinheiro para os estádios do Euro, cada um muito mais caro do que este evento e com resultados menores, visto que os portugueses existem primeiro através da sua língua, a sua Pátria, como dizia o tão citado, nestas ocasiões, poeta Fernando Pessoa. Só depois vem o resto.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Votar?





Quando o Presidente não preside, o Parlamento não parlamenta, o Governo não governa, o Judicial não é justiça;

Quando o poder mora na boca da bazooka;

Quando os eleitores e os eleitos nada mandam;

Quando eleições, só pagando a Comunidade Internacional...

Eleições para quê?

Que demo-cracia?

Que fazer?