segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

EVOLUÇÃO


EVOLUÇÃO

Estou optimista primário
Creio na evolução
E não por ser Centenário
Desse barbas Darwin, não.

O facto ressalta à vista:
‘Inda há ‘penas um pouco
À espera no dentista
Sentando mal amanhado
Falando fanhoso e rouco
Um símio bem desdentado
Ares e gestos d’arrivista
Fazia orelhas de mouco
À sua ordem na lista.

O magano era primata
Mas sapiens não era não
Lá esganava a gravata
Mas nem chá d’educação.

As enfermeiras, coitadas
São como anjos do céu
E devem estar treinadas
P’ra evitar muito escarcéu.

Lá foram levando o bronco
‘té lhe deram melhor vez
E de dez à sua frente
Ficaram apenas três.

Sempre com ar macacal
Foi a consulta pagar
Vai logo de reclamar
Da extracção dum queixal.

Nisto surge aparição
Uma vampe d’alto porte
Toda bamboleação
E com trejeitos de corte.

Filh’era do macacão
Por um capricho da Sorte
Ou fado d’evolução.

Sem comentários:

Enviar um comentário